1.9.09

STAH 2007-2009

Joao Bento et Ana Trincão

"Sem titulo até hoje"

“Sem titulo até hoje” é um trabalho de carácter performativo que cruza a linguagem da dança com a musica e as artes plásticas . A peça apresenta-se como um espaço em transformação constante onde os interpretes / músicos, manobram, transformando o espaço cénico e sonoro. O som vive no corpo e do corpo, a musica vive dos objectos e os objectos são insignias de um espaço que potencia ligações.

Este trabalho reflecte o acto de ligar nas suas diferentes formas e maneiras, ligar corpos, disciplinas, individuos. O intuito dos criadores é perceber como as pontas se entrançam, e como a multiciplidade gera 1, no sentido da descoberta de uma nova formula.

Os musicos atravès de um sistema de circulação de energia processam o som provocado pela manipulação dos corpos... esses corpos vivos e electrónicos, geram a base da composição. A peça vive de uma troca de vocabulários constante , e de um dialogo, permanente dos intervenientes.

O(s) performer(s) , explora a ideia de corpo ligado aos sistemas : emocionais, técnicos, naturais, habita um espaço, mapeando-o, e transforma esse mesmo espaço na sua passagem, deixando vestígios da sua existência activa no lugar. Os objectos são interpretes e tambem têm um lugar exacto e activo.

São procuradas referencias que nos ligam ao inicio,...... o principio de retorno, impulsiona cada passo. Retorno antes do principio de alguma coisa, mesmo da propria peça.

A actual euforia com a multiplicidade, o nomàdico ou o rizomàtico parece não nos deixar outra hipótese que não seja a de estar on ou off, ligado ou desligado.

Mas é por isso mesmo que «ligações»constituem o campo de batalha principal da cultura e das politicas contemporâneas.

Tudo se joga, ao que parece, na qualidade humana das «ligações» Daì o desafio de as questionar ...

Excerto do livro “Critica das Ligações na era da Técnica” / José Bragança de Miranda e Maria Tereza Cruz






"Sem titulo até hoje"

«Sans titre jusqu´à aujourd´hui» est un travail de caractère performatif qui croise le langage de la danse avec la musique et les arts plastiques. La pièce se présente comme un espace en transformation constante où les interprètes / musiciens manoeuvrent, transformant lʼespace scénique et sonore. Le son vit dans le corps et du corps, la musique vit des objets et les objets sont les insignes dʼun espace qui exploite des liaisons.

Ce travail reflète lʼacte de lier dans ses différentes formes et manières, lier des corps, des disciplines, des individus. L´intention des créateurs est de percevoir comme les bouts sʼentrelacent, et comme la multiplicité produit 1, dans le sens de la découverte d´une nouvelle formule.

Les musiciens à travers un système de circulation d´énergie traitent le son provoqué par la manipulation des corps... ces corps vivants et électroniques, produisent la base de la composition. La pièce vit dʼun échange de vocabulaire constant, et dʼun dialogue permanent entre intervenants.

Le (s) performer (s), explore l´idée de corps liés aux systèmes : émotionnels, techniques, naturels, habite un espace, le cartographiant, et transformant ce même espace dans son passage, laissant les vestiges de son existence actifs dans le lieu. Les objets sont des interprètes et ont aussi une place exact et active.

On recherche des références qui nous lient à lʼorigine ...... le principe du retour, impulse chaque pas.

Retour avant le commencement de quelque chose, de la propre pièce.

Lʼactuelle euphorie de la multiplicité, le nomade ou le rhizomique semble ne pas nous laisser dʼautre hypothèse que d´être on ou off, branchés ou débranchés.

Mais c´est pour cela même que les «liaisons» constituent le champ de bataille principale de la culture et des politiques contemporaines.

Tout se joue, semble-t-il, dans la qualité humaine des «liaisons».

De là le défit de les questionner.




Contact

brancobento@yahoo.com /tel: 00351-962745723
joao0bento@gmail.com